10 ferramentas que ajudam a escrever melhor

A escrita parte, antes de tudo, da nossa criatividade. Para escrevermos bem, nunca podemos deixá-la de lado. Na verdade, até um texto técnico ou um relatório, por exemplo, podem destacar-se graças às palavras que selecionamos ou ao modo como organizamos as informações.

Não obstante, existem técnicas e aspectos a ter em conta, na hora de escrever, para conseguirmos direcionar a nossa mensagem e transmiti-la da melhor forma.

1. Leitura e escrita andam de mãos dadas

Grandes escritores também são leitores ávidos. Ler deve ser um hábito constante na vida daqueles que querem aprimorar a sua escrita. Isso implica consumir, regularmente, textos com diversos formatos, géneros e propósitos.

 

2. Pensamento crítico acerca do que lemos e escrevemos 

O ato da leitura pode despertar algumas questões importantes que nos ajudam a refletir sobre a qualidade da escrita. O que gosto nos textos que leio? Quais são as características que tornam um texto bom? E, pelo contrário, o que me incomoda em determinados textos? Quais são os “erros” que posso evitar? 

Quanto mais aguçamos esta consciência, mais exigentes seremos com aquilo que produzimos.

3. Conhecer os leitores e empatizar com eles

Perceber as necessidades dos leitores vai ajudar-nos a definir como será o nosso texto. Isto implica colocarmo-nos “nos sapatos” das pessoas que vão ler, considerando que podem estar em circunstâncias semelhantes ou muito diferentes das nossas.

Quais são as suas expectativas? O que estão à procura? Em que contexto se encontram? Estão a ler por entretenimento ou buscam alguma informação em concreto? Tudo isto terá implicações na forma como escrevemos. 

 

4. Estruturar o texto e estabelecer prioridades

Neste passo, temos que perceber o que é mais urgente comunicar. Ou seja, precisamos distinguir a mensagem principal de outras informações complementares ou acessórias. Por vezes, temos muita coisa a dizer, mas não precisamos (nem devemos) dizer tudo ao mesmo tempo. 

5. Não esperar a “musa inspiradora” para começar

A página em branco e o perfeccionismo podem ser nossos inimigos. Para evitar a sensação de bloqueio ou ansiedade que eles trazem, podemos começar simplesmente por escrever ideias soltas, frases ou parágrafos sem ligação. 

Isto vai ajudar-nos a estruturar os pensamentos, enquanto traz um reforço positivo, porque sentimos que já avançamos na tarefa. 

 

6. Encontrar um ambiente que favoreça a concentração

Cada pessoa tem as suas particularidades. Algumas concentram-se melhor em ambientes solitários e silenciosos. Outras preferem estar rodeadas de movimento, som e contacto humano. Não havendo uma “fórmula certa”, temos que encontrar aquilo que funciona para nós. 

Entre as várias formas de manter a concentração, recomendamos:

  • ouvir música (de preferência, uma playlist instrumental) 
  • reduzir distrações (por exemplo, parar as notificações no telemóvel)
  • manter o espaço organizado com tudo que vamos precisar, para não haver interrupções desnecessárias

7. Sempre que possível, optar pela simplicidade

Escrevemos para sermos entendidos. Na maioria dos contextos, é muito mais valioso sermos claros do que usarmos uma linguagem demasiado complexa ou rebuscada. 

Em termos de legibilidade / acessibilidade, frases e parágrafos mais curtos ajudam o leitor a captar o que é dito mais facilmente, evitando que se perca ou fique retido em alguma passagem que não compreendeu. 

 

8. Rever, rever, rever

Muitas vezes, o primeiro rascunho do nosso texto é escrito de forma mais livre, para dar asas ao espírito criativo, sem estarmos tão atentos aos detalhes. Isso significa que, numa fase posterior, precisamos fazer uma revisão rigorosa daquilo que escrevemos. 

Ortografia, pontuação, acentuação, construção frásica, concordância… Temos de afinar o nosso olhar para cada um desses aspectos. Um texto com gralhas e outros erros transmite a sensação de descuido e, em casos mais extremos, falta de profissionalismo. 

9. Clareza e concisão

É importante verificarmos se o texto levanta dúvidas ou deixa aspectos em aberto. Queremos ser tão claros quanto possível. No caso de existirem repetições, elas são necessárias? Estão a cumprir alguma função (por exemplo, reforçar uma ideia que consideramos fundamental)? 

Rever um texto, frequentemente, é sinónimo de cortá-lo. Num mundo acelerado como aquele em que vivemos, a atenção e o tempo são recursos limitados. Não queremos ser aborrecidos nem “enrolar” os nossos leitores com trechos intermináveis que não acrescentam nada de novo. 

 

10. Ler em voz alta e / ou pedir feedbacks

Muitos escritores recomendam esta prática, quando terminamos de rever os textos. A leitura em voz alta ajuda-nos a perceber se a pontuação está nos locais corretos, se existem trechos que podem ser aperfeiçoados, etc. 

Outra hipótese muito útil é pedirmos feedback a outra pessoa. Isso pode trazer-nos um novo olhar e identificar pontos de melhoria que não tínhamos percebido. 

Em suma, inspiração e técnica não se excluem mutuamente. Pelo contrário, quando trabalhamos estas qualidades em conjunto, aumentamos a possibilidade de escrever textos cada vez melhores. 

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