Vencedores do Prémio Professor do Ano Toda Matéria 2022

Toda a gente já conhece o Toda Matéria, um dos top3 sites de educação do Brasil. Tanto que até já dispensa apresentação.

Na procura de aumentarmos o nosso impacto nas comunidades e, no fundo, devolvermos um pouco a quem diariamente nos segue e nos inspira, lançámos este ano o Prémio do Professor do Ano 2022.

 

Porquê premiar Professores?

Não é segredo que esta é uma classe de profissionais que, nem sempre, recebe o reconhecimento que merece pelo esforço, dedicação e empenho que coloca na sua missão, dentro e fora de aulas. Ao pensarmos neste prémio, quisemos destacar a importância destes profissionais. Mais do que uma influência determinante na vida de tantas crianças e jovens, os professores contribuem para um futuro melhor para cada um de nós. 

Moldes do Prémio 

Com o foco naquilo que era o nosso objectivo, aumentar o reconhecimento aos professores, criámos a primeira regra: não podia haver auto-nomeação. Os professores que fizessem parte deste concurso teriam de ser nomeados por outrem. Assim, garantimos a honestidade da candidatura, já que espelharia a opinião de um aluno, ex-aluno, colega ou instituição do premiado. 

Depois, elegemos um júri interno, composto inteiramente por professores, com experiências diversas e complementares. Para nós, era importante alguém que estivesse próximo dessa realidade, para melhor poder avaliar cada componente da candidatura. Este conjunto de 4 pessoas, usaria de todas as suas competências, profissionais e humanas, para avaliar algo por vezes intangível: o melhor professor do ano.

E foi assim que eles assumiram a tarefa de avaliar as 103 inscrições que preencheram os critérios do regulamento. Este processo de avaliação superou aquilo que nós achávamos que ia ser apenas como bastante rigoroso e de verificação de requisitos. Vindas de todas as regiões do país, as candidaturas ilustraram casos verídicos de realidades por vezes duras mas, também, inspiradoras e emocionantes.

O Prémio

Mais do que uma questão de ego, queríamos trazer valor, dar ferramentas, capacitar alguém para que possa continuar a fazer o seu melhor: ensinar. Não houve dúvidas quando pensamos nos prémios: ferramentas de trabalho (PC portátil e telemóvel), oferta de uma viagem, Vouchers de Livros, e, porque não, um pequeno troféu, para orgulhosamente partilhar com a comunidade escolar onde está inserido e inspirar outros professores a serem da mesma forma, a continuarem a dar o seu melhor. 

Os vencedores

Professora do Ano

Lígia Souza dos Santos é professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), na Escola de Educação Básica Apolônio Ireno Cardoso, em Balneário Arroio do Silva, município de Santa Catarina.

Professora Lígia Santos Vencedora do Prêmio Toda Matéria Professor do Ano com os seus alunos
Foto: Rose Marmentini – Jornal Gazeta do Vale

 

A Professora Lígia Santos mostrou-se muito preocupada com a humanidade dos seus alunos, destacando nas suas aulas a importância da empatia e da paciência como ferramentas relevantes no processo de ensino e de aprendizagem.

No contexto de sala de aula, uma das suas alunas chamou a sua atenção porque queria desenhar. Inicialmente, a professora ofereceu papel e lápis, mas a aluna insistiu que o desenho devia ser feito no computador. Então, ela apresentou o programa de computador Paint e ensinou a sua aluna a usar.

A criatividade desta aluna e o resultado excelente deste desenho fizeram com que a professora pensasse em estender esta iniciativa para o restante da turma, e foi assim que surgiu o projeto de criação de um livro com histórias e ilustrações feitas pelos próprios alunos. O livro foi um sucesso com direito a noite de lançamento e uma sessão simbólica de autógrafos.

Através deste projeto, das suas técnicas de ensino direcionadas a crianças com deficiência, do seu comprovado empenho, empatia, paciência e vocação, a prof.ª. Lígia mostrou-nos que, mesmo em condições pouco favoráveis economicamente, é possível tornar o mundo um lugar melhor e mais inclusivo para crianças com deficiência.

 

Menções Honrosas

 

  • Kátia Cantão Mundim é professora de Informática e Robótica Educacional em Lucas do Rio Verde, município do Mato Grosso.

A professora Kátia Mundim orientou duas das suas alunas na disciplina de robótica. Elas foram responsáveis pela criação de um projeto chamado “Evitando Ruídos”, que mede o som de ambientes por meio de um painel de LED. Este projeto tem o intuito de tornar o ambiente melhor para pessoas com TEA – Transtorno do Espectro Autista. As suas alunas foram vice-campeãs da América Latina num concurso que premiava a categoria Protótipo de Papel de 8 a 14 anos do do your :bit.

  • Noel Carvalho dos Santos Junior é professor de música em Cornélio Procópio, município do Paraná.

O prof. Noel Júnior é o regente de uma banda marcial. Na falta de recursos, ele emprestava os seus próprios instrumentos aos alunos. Com muito empenho e vontade, o prof. Noel conseguiu reunir um número considerável de alunos para criar e dar  seguimento à banda. É relevante mencionar que a maioria dos seus alunos nunca tinha tido contacto com uma banda, alguns deles nem sequer conheciam ou tinham visto muitos daqueles instrumentos musicais.

  • Marcello D’Lucas é professor de artes e teatro em Brasília.

Marcello D’Lucas trabalha como professor de Artes Cênicas. Partindo do seu trabalho com os alunos, ele criou no contexto de uma escola pública uma companhia de teatro – a Cia. Elefante Branco. Todos os espetáculos, festivais e apresentações são organizados pelo professor e contam com a participação dos seus alunos. Através destas iniciativas foi possível celebrar o teatro e as artes cênicas também em ambiente escolar.

  • Lucilene de Pinho Ferreira é professora de educação física, dança, arte e cultura na Comunidade Quilombo de Mata Cavalo, no município de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso.

A professora Lucilene Ferreira desenvolve o seu trabalho numa comunidade quilombola. Ela destaca, através das suas aulas, a importância de se manter os conhecimentos tradicionais dos povos afro-brasileiros remanescentes dos quilombos. Ainda que encontre muitas dificuldades ao nível de acesso à educação, a prof.ª. Luciene consegue resgatar a riqueza da cultura e da ancestralidade africana nas suas aulas.

  • Linaldo Luiz de Oliveira é professor de ciências em Mogeiro, município da Paraíba.

O professor Linaldo Oliveira inovou ao incutir o pensamento científico nos seus alunos. Dentre os vários projetos desenvolvidos, um deles chamou a atenção por colocar os alunos como investigadores, procurando entender a influência do comportamento e dos hábitos dos animais silvestres na comunidade. Através deste trabalho de investigação, passou à criação de um livro eletrónico disponibilizado para o acesso de todos.

 

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